X-Men:O Confronto Final

Título original:X-Men:The Last Stand

Realização:Brett Ratner

Produção:Laura Shuller Donner,Ralph Winter e Avi Arad

Argumento:Zak Penn e Simon Kinberg,baseado na banda desenhada criada por Stan Lee e Jack Kirby

Fotografia:Dante Spinotti

Montagem:Mark Goldblatt e Mark Henfrich

Banda Sonora:John Powell

Cenografia:Ed Verreaux

Elenco:Hugh Jackman(Logan/Wolverine),Halle Berry(Ororo Monroe/Storm),Ian McKellen(Eric Lensherr/Magneto),Patrick Stewart(Professor Charles Xavier),Famke Janssen(Jean Grey),James Marsden(Scott Summers/Cyclops),Anna Paquin(Rogue),Rebecca Romjin(Mystique),Shawn Ashmore(Bobby Drake/Iceman),Kelsey Grammer(Hank McCoy/Beast),Ellen Page(Kitty Pride),Vinnie Jones(Juggernaut),Ben Foster(Warren Worrington\Anjo)

Duração:104 minutos

Data de estreia:Portugal(25 de Maio de 2006)

História:A descoberta de uma cura que elimina o gene X intensifica a rivalidade entre os X-Men e Magneto.Entretanto,Jean Grey volta á vida mas não é a mesma pessoa como antes.Como Fénix,Jean torna-se um perigo não só para a humanidade mas para ela própria.

"Don´t let it control you".-Professor Charles Xavier

Sempre que uma saga de sucesso chega á terceira ou quarta parte,há uma certa mistura de ansiedade e medo.Afinal,nunca se deve confiar em Hollywood porque adora esticar a corda de uma boa saga para fazer dinheiro mas se o público quer mais,o que se pode fazer?Star Wars tem 6 filmes e vai a caminho do 7,Star Trek tem 12 filmes,Bond 23,Batman 7 filmes,entre outros.A saga X-Men deixou a sua marca no género da banda desenhada com os dois excelentes primeiros filmes.Razão suficiente para fazer o terceiro filme:O Confronto Final.

Eu fiquei chateado com a saída do Bryan Singer para fazer o desnecessário Super-Homem:O Regresso porque ele estava a fazer um excelente trabalho com os X-Men.Nenhum realizador devia abandonar a sua saga.Até o Nolan foi ao fim com o Batman e ainda bem.O seu substituto foi,bem,Brett Ratner.Sim,o gajo da Hora de Ponta.Pensei:"A sério?Contratavam o Joss Whedon ou assim".Bem,o filme não é exactamente o desastre mas o Ratner não é exactamente um realizador brilhante como o Singer é(e perdoo-te pelo Regresso ih ih)

Portanto,a premissa de X-Men:O Confronto Final é muito boa porque foca numa cura que suprime o gene X mas as coisas complicam-se tanto para os nossos heróis como para os vilões quando Jean Grey regressa á vida como a Fénix Negra,pegando no arco de uma das mais famosas sagas da banda desenhada.Fiquei lixado quando o Cyclops e o Professor Xavier morreram mas depois o filme é so efeitos especiais e accão bem desorientada mas divertida.Hugh Jackman e Halle Berry salvam o filme como Wolverine e Storm que terão de liderar a equipa mutante em mais uma batalha contra Magneto de Sir Ian McKellen e a Irmandade dos Mutantes.

O mais fraco da série mas nao o menos divertido,X-Men:O Confronto Final encerra(?)de forma decente  as aventuras dos X-Men.Bem,mais ou menos porque vao regressar em Days of the Future Past em 2014.Se houver um X-Men 4,que venha mas com o Bryan Singer como realizador e nao o Brett Ratas.

A Verdade da Mentira

Titulo original:True Lies

Realização e argumento:James Cameron

Produção:James Cameron e Stephanie Austin

Fotografia:Russell Carpenter

Montagem:Mark Goldblatt,Richard A.Harris e Conrad Buff

Banda Sonora:Brad Fiedel

Cenografia:Peter Lamont

Elenco:Arnold Schwarzenegger(Harry Tasker),Jamie Lee Curtis(Helen Tasker),Tom Arnold(Albert Gibson),Tia Carrere(Juno Skinner),Eliza Dusku(Dana Tasker),Art Malik(Salim Abu Aziz),Grant Heslov(Faisl),Charleton Heston(Spencer Tribly),Bill Paxton(Simon)

Duração:141 minutos

Data de estreia:Portugal(14 de Outubro de 1996)

História:Harry Tasker é um dos melhores agentes federais uma organização especializada em combater o terrorismo mas para a sua adorada mulher Helen,ele não passa de um vendedor de computadores.As duas vidas de Harry colidem quando uma crise terrorista abate sobre o pais.

"Oh God, no, please don't kill me. I'm not a spy. I'm nothing. I'm navel lint! I have to lie to women to get laid, and I don't score much. I got a little dick, it's pathetic"!-Simon

Adoro filmes de acção.A sério,adoro e se dizer que é melhor do que sexo,estou a ser sarcástico.Sinto falta de heróis a sério,sem papas na linguas e fazem destruições tão exageradas que faz o Tony Stark parecer uma menina.É o tipo de filme que nunca será feito mas não quer que possa ver a Verdade da Mentira as vezes que eu quiser.Os filmes morrem se deixarmos e desde que seja um grande do Arnold Schwarzenegger,os seus filmes clássicos nunca morrerão.

A Verdade da Mentira assinalou a terceira parceria entre James Cameron e Schwarzenegger após o sucesso de Exterminador Implacável 2.Acho que muitas pessoas acharam que seria o Exterminador 3 mas em vez disso,Cameron decidiu fazer esta comédia de acção e espionagem que até foi um bom sucesso.Ok,não é exactamente uma obra prima para muitas pessoas mas who cares?Cameron sabe como fazer acção e entreter o público.Digamos que é o James Bond de Cameron e posso sonhar que ele seria um excelente realizador para a saga.

Arnie é Harry Tasker,uma espécie de James Bond com músculos que é um dos melhores agentes do governo americano mas para a sua mulher Helen,ele é apenas um simples vendedor(nota:de simples,o Arnie não tem nada).Arnie mostra porque é que ele é um dos melhores heróis de acção do cinema e Jamie Lee Curtis é fantástica como Helen e protagonista de uma das cenas de strip mais sensuais de sempre.Tem sem dúvida uma grande química e para quando um True Lies 2?Não me importava nada.

A Verdade da Mentira é mais um clássico Schwarzenegger divertido,frenético e empolgante.Adoraria que o Cameron e Schwarzenegger voltassem a trabalhar juntos e espero que ele desligue o modo Avatar para voltar a fazer um filme de acção explosivo.Posso sonhar,certo?

Homem de Aço

Título original:Man of Steel

Realização:Zack Snyder

Produção:Christopher Nolan,Emma Thomas,Deborah Snyder e Charles Roven

Argumento:David S.Goyer,baseado na banda desenhada criada por Jerry Siegel e Joe Shuster

Fotografia:Amir Mokri

Montagem:David Brenner

Banda Sonora:Hans Zimmer

Cenografia:Alex McDowell

Elenco:Henry Cavill(Kal El\Clark Kent\Super-Homem),Amy Adams(Lois Lane),Russell Crowe(Jor El),Kevin Costner(Jonathan Kent),Diane Lane(Martha Kent),Michael Shannon(General Zod),Ayelet Zurer(Lana Von El),Laurence Fisburne(Perry White),Antje Traue(Faora),Christopher Meloni(Coronel Hardy),Harry Lennix(General Swanwick)

Duração:143 minutos

Data de estreia:Portugal(27 de Junho de 2013)

História:Clark Kent é um jovem com poderes extraordinários que descobre ser o sobrevivente do planeta Krypton.Clark embarca numa viagem de descoberta da sua origem e da sua razão de estar na Terra.Durante esta viagem,nasce o herói dentro de si e decide ser um símbolo de coragem e esperança para defender o seu planeta adoptivo do implacável General Zod.

"You will give the people an ideal to strive towards. They will race behind you, they will stumble, they will fall. But in time, they will join you in the sun. In time, you will help them accomplish wonders".-Jor El

A última vez que o Super-Homem apareceu nos cinemas foi no desnecessário mas interessante Super-Homem:O Regresso,que apesar das boas críticas,não foi exactamente o regresso que ansiava do ultimo filho de Krypton.Enquanto a saga esteve adormecida,Batman ganhou uma trilogia digna do seu nome e a Marvel foi somando sucesso atrás de sucesso mas acho que no fundo,o Super-Homem merecia uma nova oportunidade para mostrar porque é que ele é o maior super-herói de todos os tempos.Como 2013 é o ano em que comemora 75 anos,Super-Homem volta a voar novamente no cinema com o seu novo filme:Homem de Aço,uma abordagem realista mas excitante do imortal heroí de capa vermelha.

Tinha um certo medo que este filme não fosse aquilo que me excitava sobre o Super-Homem em miúdo graças ao primeiro filme de 1978 e a banda desenhada.Quando estive a ver o filme,só tinha um grande sorriso na cara porque senti que o Super-Homem está de volta e melhor do que nunca.Os responsáveis pela ressureição do Super-Homem não podiam ser as pessoas mais indicadas para um desafio em reinventar um ícone clássico para o mundo moderno:Zack Snyder e Christopher Nolan. Snyder provou que é um realizador fabuloso graças a 300 e Watchmen enquanto Nolan trouxe uma lufada de ar fresco ao comparsa do Super,Batman graças á brilhante trilogia O Cavaleiro das Trevas.Snyder e Nolan decidiram trazer a mesma abordagem realista e profunda ao Super-Homem e agradou-me pelo facto de não ser uma cópia do filme de Richard Donner e sim um retrato de um Super-Homem invulnerável mas frágil em termos emocionais que tenta encontrar o seu lugar num mundo que o teme enquanto descobre o herói dentro de si.

Até hoje,sempre achei que ninguem encarnaria o Super-Homem tão bem como o lendário Christopher Reeve mas já tem finalmente um sucessor á altura:Henry Cavill,o jovem actor britanico(há mal nisso?) que assumiu o papel e mostrou estar á altura da responsabilidade de continuar o legado de Reeve.Cavill evitou copiar Reeve e construiu a sua própria versão do Super-Homem.Um Super-Homem moderno,conflituoso mas com um grande coração.Senti arrepios na cena em que aparece com o fato pela primeira vez e o Super-Homem de Cavill fez-me acreditar que um homem sabe voar e distribuir muita porrada.O nosso herói enfrenta General Zod,desempenhado por um muito intenso Michael Shannon mas quem roubou as atençoes foi a sensasional Antje Traue como Faora.Amy Adams é uma Lois Lane fantástica e cheia de personalidade e fiquei impressionado com os desempenhos de Russel Crowe como Jor-El e Kevin Costner como Jonathan Kent,os pais que ensinam Clark a aceitar o seu destino e tornar-se num grande herói.Adorei a acção e as sequências sao absolutamente ferozes.A batalha final entre o Super-Homem e Zod é um dos momentos mais ferozes,electrizantes e emocionantes que já vi num filme.

Homem de Aço é uma fantástica,excitante e fresca reinvenção do maior super-herói de todos os tempos.É tão bom ver o Super-Homem de volta e já estava farto desses heróis"Disneyanos" da Marvel.O rei está de volta e veio para ficar.Espero que seja um início de uma nova trilogia épica digna do legado do Super-Homem.

Até á Eternidade

Titulo original:From Here to Eternity
Realização:Fred Zinnemann
Produção:Buddy Adler
Argumento:Daniel Taradash,baseado no romance de James Jones
Fotografia:Burney Guffrey
Montagem:William A.Lyon
Banda Sonora:George Duning
Cenografia:Cary Odell

Elenco:Burt Lancaster(Milton Warden),Montgomery Cliff(Robert.E.Lee Prewitt),Deborah Kerr(Karen Holmes),Donna Reed(Alma"Lorene"Burke),Frank Sinatra(Angelo Maggio),Phillip Ober(Dana Holmes),Erneste Borgnine("Fatso"Johnson)

Duração:117 minutos
Data de estreia:Portugal(5 de Novembro de 1954)

História: O soldado Robert E. Lee Prewitt é transferido para uma base no Havai, onde tanto os seus superiores como os próprios companheiros o tentam manipular. A apoiá-lo está apenas o soldado Maggio (Frank Sinatra), mas este também tem de resolver os seus próprios problemas. Entretanto, o sargento Warden  e a mulher do seu superior, Karen mergulham em águas perigosas.

 "Maybe back in the days of the pioneers a man could go his own way, but today you got to play ball"-Milton Warden

A iniciativa Sessões Clássicas UCI foi uma brilhante ideia de reintroduzir filmes que são considerados marcos da história do cinema.Primeiro foi Vertigo,Psico,Taxi Driver e Lawrence de Arábia e foi muito chato em nao ter visto esses filmes.Bem,pelo menos ganhei a antestreia de mais um relançamento:Até á Eternidade.Nunca ouvi falar do filme.Apenas conheço a imagem do Burt Lancaster e Deborah Kerr aos beijos na praia, que é considerada uma das imagens mais icónicas do cinema.A minha reacção ao ver o filme foi bem positiva e agradável.

Para um filme de 60 anos,tenho de admitir que é maravilhoso e bastante envolvente.É sempre bom ver um filme clássico em vez dos blockbusters desinspiradores(adoro-te Star Trek Into Darkness).Antes do filme começar,um grupo de senhores,entre eles o João Costa,fizeram uma excelente introdução ao filme e até gostei.Afinal,o João Costa sabia do que estava a falar.Até á Eternidade não é exactamente um filme de guerra mas uma história onde o amor sobrepoe-se sobre o dever.

O elenco é excelente e os seus desempenhos tornaram o filme muito interessante.Montgomery Cliff foi um dos actores mais marcantes dos anos 50 e o seu desempenho como o simplório mas relutante recruta  Prewitt é um bom exemplo do seu talento como actor.O lendário Burt Lancaster é fantástico como o duro sargento Warden que se envolve com a mulher do seu capitão desempenhada por Deborah Kerr e ambos desempenharam a lendária cena na praia onde se beijam apaixonadamente.Segundo o que disseram,a cena demorou tres dias e teve ser reduzida por ser um bom picante.Palermas da censura.Fiquei impressionado com o mítico Frank Sinatra que ganhou o Óscar de Melhor Actor Secundário e foi bem merecido.

Até á Eternidade é um dos melhores filmes do cinema americano apaixonante e emocionalmente desolador mas feito de uma forma controlada e estoneante.Adorei o filme e achei-o maravilhoso e a nova geração que adora o verdadeiro cinema deve ver este filme porque é uma verdadeira pérola cinematográfica.

A Mosca

Titulo original:The Fly

Realização:David Cronenberg

Produção:Stuart Cornefeld

Argumento:David Cronenberg e Charles Edward Pogue

Fotografia:Mark Irwin

Montagem:Roland Sanders

Banda Sonora:Howard Shore

Cenografia:Carol Spiers

Elenco:Jeff Goldblum(Seth Brundle),Geena Davis(Veronica Quaife),John Getz(Sthatis Borans),Joy Bushel(Tawney),Leslie Carlson(Dr.Brent Scheevers)

Duração:96 minutos

Data de estreia:Portugal(6 de Fevereiro de 1987)

História:Seth Brundle é um brilhante mais excentrico cientista que criou uma revolucionária máquina de tele-transporte.Numa das suas experiencias,o ADN de Brundle é unido com a de uma mosca e começa a transformar-se lentamente num homem-mosca.

"You're afraid to dive into the plasma pool, aren't you? You're afraid to be destroyed and recreated, aren't you? I'll bet you think that you woke me up about the flesh, don't you? But you only know society's straight line about the flesh. You can't penetrate beyond society's sick, gray, fear of the flesh. Drink deep, or taste not, the plasma spring! Y'see what I'm saying? And I'm not just talking about sex and penetration. I'm talking about penetration beyond the veil of the flesh! A deep penetrating dive into the plasma pool"!-Seth Brundle

Eu já perdi a conta de quantos filmes nojentos que vi na minha infancia e é inacreditável como me tenho mantido são durante muito tempo.Eu lembro-me de ver um filme que estava a passar á noite na TVI que se chamava A Mosca e acho que não cheguei a ver o filme todo na altura porque achei-o bastante nojento e fiquei muito assustado com o filme.Ao ver o filme nos dias de hoje,continua a ser assustador mas isso torna-o um dos grandes clássicos de terror dos anos 80.

A Mosca é pura e simplesmente um remake do clássico de série B dos anos 50.A hístória foca num cientista que mistura acidentalmente o seu ADN com a de uma mosca e transforma-se um hibrido homem-mosca.O conceito é muito interessante e nesta versão é levado ainda mais longe de uma forma grotesca,sombria mas bem nojenta.Afinal,é o que se pode esperar de um filme de David Cronenberg.Na minha humilde opinião,este é um dos melhores filmes de Cronenberg que abordou este filme como uma espécie de história de amor trágica com elementos de ficção científica e terror.

Jeff Goldblum oferece um desempenho brilhante como excentrico cientista que é uma especie de Jekyll\Hyde versão insecto e assistimos a sua lenta transformação de homem para uma mosca gigante e foi feita com muito cuidade e detalhe por parte de Cronenberg.Mostra também que a curiosidade pode ser bem perigosa por parte de um cientista.Gostei tambem da Geena Davis como o interesse amoroso e só de pensar que pode ter um bébé mosca,ui ui mas não a achei irritante como muitas pessoas dizem.Tentem fazer um filme e verão a vossa figura triste,lol

A Mosca é um excelente thriller de terror que acaba de uma forma bem trágica mas inteligente.Contudo,é um bom exemplo de um excelente filme de terror a sério que basicamente envia uma mensagem:Tenham medo.Muito medo.Olhem que tive medo e muito mesmo mas é um bom efeito de um bom filme do género.

Supremacia

Título original:The Bourne Supremacy

Realização:Paul Greengrass

Produção:Frank Marshall,Paul L.Samberg e Patrick Crowley

Argumento:Tony Gilroy

Fotografia:Oliver Wood

Montagem:Christopher Rouse e Richard Pearson

Banda Sonora:John Powell

Cenografia:Dominic Waltkins

Elenco:Matt Damon(Jason Bourne),Franka Potente(Marie Kreutz),Brian Cox(Ward Abbot),Joan Allen(Pamela Landy),Gabriel Macht(Gabriel Zorn),Julia Stiles(Nicky Parsons),Karl Urban(Kirill),Tom Galop(Tom Kronin)

Duração:108 minutos

Data de estreia:Portugal(16 de Setembro de 2004)

História:Jason Bourne deixou para trás o seu passado violento e leva uma vida tranquila com Marie mas sofre uma tentativa de assassinato,custando a vida de Marie.Decidido a encontrar o assassino,Bourne ressurge e é novamente perseguido pelos seus criadores devido ao assassinato de dois agentes em Berlim.

"She wouldn´t want me to.That´s the only reason you´re still alive"-Jason Bourne

Em 2002,o público conhece um novo tipo de herói que trouxe uma lufada de ar fresco necessário para o género de acção:Jason Bourne,o assassino amnésico com um conjunto especial de habilidades que conquistou uma legião de fas.Não foi surpresa que Bourne ganhasse uma continuação após o sucesso de Identidade Desconhecida.Afinal,é uma personagem muito interessante de acompanhar.Eu só fiquei fa do Bourne ao ver Supremacia e devo admitir que foi neste filme que Bourne ganhou o seu lugar no género.

Doug Liman recusou regressar á sequela(graças a deus),dando o lugar ao realizador britanico Paul Greengrass,que viria a dar um lado mais intenso e agressivo ao mundo de Bourne.Greengrass soube explorar a alma torturada de um homem sem memória e perseguido pelos seus.É por isso que acho o Jason Bourne bem mais interessante que o James Bond porque Bourne é alguém assombrado pelo passado e nesta sequela,Bourne enfrenta os seus perseguidores e desta será pessoal.

Matt Damon volta a ser excelente como Bourne e não dúvidas que este é o seu papel mais famoso.Afinal,é impossivel não pensar no Matt Damon se não lembrar do Bourne.Fiquei rendido com o actor que mostrou ter estofo para os filmes de acção e Bourne não podia ser mais que perfeito para Damon,visto que é uma personagem muito humana.A acção de Supremacia é maior e melhor que no primeiro filme e um dos grandes climaxes do filme é a fabulosa perseguição automóvel nas ruas de Moscovo cuja intensidade mantém o público agarrado ao sofá.

Supremacia é puro Bourne como deve ser e uma excelente sequela do filme original.Jason Bourne é sem dúvida o herói de acção do séc.XXI,ganhando o seu merecido lugar no cinema como uma das mais icónicas personagens cinematográficas.

Django Libertado

Titulo original:Django Unchained

Realização e argumento:Quentin Tarantino

Produção:Stacy Sher,Pilar Savone e Reginald Hudlin

Fotografia:Robert Richardson

Montagem:Fred Raskin

Banda Sonora:Vários

Cenografia:Michael J.Riva

Elenco:Jamie Foxx(Django),Christoph Waltz(Dr.King Schultz),Leonardo DiCaprio(Calvin Candie),Kerry Washington(Broomhilda),Samuel L.Jackson(Stephen),Don Johnson(Big Daddy),James Remar(Butch Pooch),Walton Connings(Billy Crash),Jonah Hill(Bag Head 2),Franco Nero(Amerigo Vessepi)

Duração:165 minutos

Data de estreia:Portugal(24 de Janeiro de 2013)

História:Django é um escravo negro que é comprado e treinado pelo antigo dentista Dr.King Schultz para ser um caçador de recompensas em troca de os dois tentarem salvar a mulher de Django das garras do sádico dono do rancho Candyland,Calvin Candie.

"Seventy-six years, Stephen. How many niggers you think you seen come and go? Seven thousand? Eight thousand? Nine thousand? Nine thousand nine hundred and ninety nine? Every single word that came out of Calvin Candie's mouth was nothing but horseshit, but he was right about one thing: I am that one nigger in ten thousand".-Django

Sempre que sai um filme de Quentin Tarantino,é excitante para uns e repugnante para outros porque sinceramente os seus filmes não são exactamente para  toda a família mas que se lixe.Eu sempre fui fa do Tarantino e considero-o um dos grandes génios vivos do cinema moderno.Como no ano passado comemorou-se 20 anos da sua carreira,Tarantino regressa com o seu novo filme que é uma homenagem ao género western:Django Libertado,mostrando que o talento de Tarantino continua em grande forma.

Django Libertado estava na mente de Tarantino durante muito tempo porque sempre quis fazer o seu próprio épico western.Aos poucos,tenho estado a adorar o género graças aos filmes de Sergio Leone e A Quadrilha Selvagem.Eu achei que fosse um pouco arriscado por parte de Tarantino porque o público moderno só quer super heróis.Felizmente,Django foi um grande sucesso e Tarantino reinventou á sua maneira um dos géneros mais importantes do cinema.

O novo anti-herói de QT é o escravo negro Django,desempenhado por um excelente Jamie Foxx,que ve a sua carreira a renascer das cinzas e é um dos melhores desempenhos ao lado de Ray.Foxx encarna um herói negro,silencioso mas mortífero,como os heróis clássicos dos westerns como Clint Eastwood e Franco Nero(o Django original que faz uma participação especial).Outra grande presença é a do fantástico Christoph Waltz como o mentor de Django Dr.King Schultz que lhe valeu o seu segundo Óscar mas a verdadeira surpresa foi um intenso e fantástico Leonardo DiCaprio como o sádico dono da Candyland Calvin Candie.Epá,acho que é um vilões mais perversos do cinema moderno e ainda não percebo quando vão dar um Oscar ao rapaz.

Um western fabuloso,sanguinário e brilhante que faria Sam Peckinpah orgulhoso de ver tanto banho de sangue,Django Libertado reinventou um género clássico para o cinema do séc.XXI.Duvido que haverá mais westerns excelentes mas Django Libertado é mais um clássico Tarantino.